Que o tempo se esqueça de nós!
Que a vida se esqueça de nós!
Que os lugares se esqueçam de nós!
Porque eu não poderei esquecer...
A lembrança é a farpa que dilacera o coração até sangrar...
A saudade uma infinita solidão...
Dia e noite sucedem-se no mistério da existência mas...
Quem poderá chamar pelo meu nome como tu? Ninguém!
E o nome é a identidade...
As outras vozes também não se confundem com a tua...
E no silêncio da noite africana apenas o calor consegue abafar o som da minha voz chamando pela tua até à exaustão...!
Abidjan, 8 de maio de 2010