domingo, 30 de janeiro de 2011

23º Aniversário de Casamento

Meu amor,

Neste dia em que comemoramos 23 anos de aniversário de casamento, que a luz da manhã de África te leve este poema!


Teus olhos nos meus


Meus gestos teus gestos

Meus olhos teus olhos

Meu espelho teu espelho

Minha viagem tua viagem.

Sem esquecer o princípio

Nem o meio ou o fim

Nosso barco continua no mar atravessando tempestades.

Nos cais das amarguras

Encontro um porto de abrigo.

Istambul traz à memória navegações de outrora

Como as nossas em terra alheia.

A grega Bizâncio, a romana Constantinopla, a otomana Istambul

É a cidade mágica de um itinerário exótico

Onde o sol brilha com a mesma intensidade da minha saudade

E o tempo recua o esquecimento.

Como as margens do Bósforo,

Entre a Europa e a Ásia,

Assim nós estamos entre a terra e o céu.

Na Capadócia,

a paisagem vulcânica acorda o vulcão da dor da tua ausência,

mas uma casa escavada na pedra é refúgio,

a montanha caminho para as alturas.

Mais longe, as alvas cascatas de calcário de Pamukkale lembram um castelo de algodão

Trazendo-me a brancura da esperança,

Pois o algodão acorda em mim a suavidade do teu carinho,

E o calcário a fortaleza do teu amor.

Nas nascentes de água quente sinto o calor da tua presença,

O rio dá-me a ilusão da travessia.

A seda do oriente é o fio que entrelaça minha alma à tua.

Minha alma voa ainda

Por sobre a terra

Mas a música da Ásia Menor

É apenas tua voz em meus ouvidos,

E a beleza do espectáculo

Teu sorriso em meus lábios.

Alma, voa mais alto!

No Cáucaso esquece o passado e o futuro,

Vive o presente com quem te é dado!

Em qualquer lado do mundo o sol nasce,

E as pérolas do Oriente podes levá-las contigo!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As cores do teu amor


Desde que partiste que procuro na cores da vida as do teu amor

No azul a preferida suavidade do teu carinho

No verde a natural beleza da felicidade

Mas as cores da minha alma sem ti não são mais como as da vida!

Incolor, meu coração procura só em ti as cores perdidas

Desfigurada, minha alma se transforma em fantasma

Descolorido, meu corpo se irmana a um objecto

Cegos, meus olhos não distinguem o brilho de nenhuma cor!

Mas, na desmaiada tela colorida da vida

Se aviva pouco a pouco o amarelo de que nunca gostei,

Agora tão vivo e belo: são tulipas amarelas que nunca apreciei!

Surgem no azul do céu

Com caules intensamente verdes!

E numa delas…há um laivo vermelho…

Reflexo do sol que, com seu esplendor, dá ainda vida aos seres!



domingo, 16 de janeiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

No dia do teu aniversário

Amor,

Dizem que o tempo é remédio ou anestesia,

Mas, nele apenas encontro mais viva a tua presença!

Teu corpo com o meu não jaz na sepultura,

Tua alma com a minha caminha…

Mas, não encontro remédio ou anestesia que possa atenuar a dor da minha ausência a teu lado!

Vives mas não te encontro na terra dos vivos…

Vejo apenas meu corpo,

Ouço apenas minha voz,

Sinto apenas a dor de minha alma…

A presença da tua ausência é uma ausência atroz não de um mas de dois…

Eu ausente de ti e tu ausente de mim…

Quando mais longo o caminho, maior a saudade…

Quanto maior a distância, maior a ausência de mim…

Mas, caminho sempre ao teu encontro!


Tua mulher que te ama

Benvinda

2 de Janeiro de 2011