domingo, 9 de maio de 2010

Silêncio


Que o tempo se esqueça de nós!

Que a vida se esqueça de nós!

Que os lugares se esqueçam de nós!

Porque eu não poderei esquecer...

A lembrança é a farpa que dilacera o coração até sangrar...

A saudade uma infinita solidão...

Dia e noite sucedem-se no mistério da existência mas...

Quem poderá chamar pelo meu nome como tu? Ninguém!

E o nome é a identidade...

As outras vozes também não se confundem com a tua...

E no silêncio da noite africana apenas o calor consegue abafar o som da minha voz chamando pela tua até à exaustão...!

Abidjan, 8 de maio de 2010

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